Acesso ao crédito e à ajuda técnica tiraram os quilombolas de uma situação de merginalidade (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Acesso ao crédito e à ajuda técnica tiraram os quilombolas de uma situação de merginalidade (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

As comunidades quilombolas, uma herança dos refúgios dos negros escravizados que começaram a se formar no século 16, vivem, praticamente, da agricultura familiar. Quase cinco séculos depois, esse tipo de organização existe de forma muito expressiva no país. São mais de 2.400 comunidades reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares que começam a crescer devido aos programas sociais existentes.
Extrativismo, artesanato, produção cultural, turismo de base comunitária e a venda de produtos feitos a partir de matérias primas produzidas pela comunidade também contribuem para complementar a renda. “A agricultura é a atividade mais forte”, explica o diretor do Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Cultural Palmares, Alexandro Reis. “O extrativismo também é uma atividade muito forte na área de quilombo. E hoje o governo federal tem apoiado o empreendedorismo, no artesanato, na produção cultural, na geração de renda, na capacitação técnica e na extensão rural.”
O secretário de Agricultura Familiar da Unisol Brasil, Israel de Oliveira Santos, afirma que esse apoio dado pelo governo somado aos marcos regulatórios da economia solidária contribuem, nos dias de hoje, para a melhoria da qualidade de vida da comunidade e também para o aumento da produtividade que, aos poucos, vai deixando de ser de subsistência.
“As comunidades Quilombolas estão inseridas na lei que regula a agricultura familiar”, afirma Santos. Isso é importante porque todas aquelas oficialmente reconhecidas recebem benefícios das políticas públicas administradas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e pelo Ministério do Desenvolvimento Social. “Os trabalhadores dessas áreas passaram, por exemplo, a terem acesso ao crédito”.
Algumas cooperativas e associações criadas por quilombolas são filiadas à Unisol que desenvolve todo um trabalho para o desenvolvimento da comunidade. Um exemplo é a Associação Comunitária de Quilombola de Espinho, localizada no município de Gouveia, na região do Alto Jequitinhonha, em Minas Gerais.
A associação participa de um projeto para fortalecer a base de serviços de comercialização da agricultura familiar, que envolve outros oito empreendimentos. O projeto teve início em junho com término previsto para 2014. A primeira fase, em andamento, consiste em levantar os gargalos que dificultam a venda da produção proveniente desses empreendimentos.
“Eles sabem produzir e todos participam de programas de incentivo do governo federal, além de venderem em feiras livres. Mas falta demanda, assim como há problemas de logística e também de legalização”, disse Luciano Amador dos Santos Júnior, coordenador da Base de Serviços de Comercialização da Unisol no Alto Jequitinhonha.
Com informações da Agência Brasil

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