3congresso

Mesa central de debates do 3o Congresso da Unisol Brasil.Crédito: Paulo Edisol/UB.

A Unisol Brasil vem provocando todos os 27 Estados que participarão do Congresso Nacional a debaterem temas que nortearão os próximos três anos da entidade.
Com textos provocativos, elaborados pela direção nacional, os Estados ampliarão, modificarão e completarão o debate para um documento único a nível nacional que se consolidará durante o Congresso, entre os dias 25 a 27 de novembro, em São Paulo.
Os temas são:
1.UNICOPAS – A união da Unisol Brasil, Concrab e Unicafes em uma única entidade nacional, a Unicopas. Unir para fortalecer a economia solidária e sobretudo o cooperativismo para uma nova representação na luta. Há um grande desafio na política pública e na democratização dos recursos. Portanto, unir-se no que temos em comum, e ao mesmo tempo, nas diferenças, e cada uma tem sua própria forma de organização.
2. FEDERALIZAÇÃO – Organizar e estruturar a Unisol a nível dos Estados a partir dos desafios e da realidade de cada local. Decisão feita no último Congresso, é momento de avaliarmos os avanços construídos e os desafios para concretizar essa nova forma de organização da Unisol. Hoje já está federalizada em São Paulo, Rio Grande do Sul e na Bahia. É necessário federalizar para que a UNISOL tenha a cara do Estado e para que o estado tenha a cara da UNISOL Brasil.
3. A ORGANIZAÇÃO EM REDES E CADEIAS.
A Unisol veio nestes últimos anos se organizando em 10 setoriais que tem como estratégia criar e fortalecer redes e cadeias. As cadeias são passos verticais, e que podem e provocam um impacto na Economia, pois elas tem no foco excluir o atravessador, que geralmente é o que suga o recurso e empobrece os empreendimentos da Economia Solidária. O sistema capitalista também se articula em cadeias, e concentra seu poder no elo que mais agrega valor, enquanto a Economia Solidária geralmente está ou na ponta inicial ou final das cadeias e portanto, sempre refém. Com isso, temos uma Economia Solidária geralmente bastante empobrecida.
Ao mesmo tempo a única cadeia completa nacional da Economia Solidária que é filiada à Unisol, é a Justa Trama. Portanto, neste tema, a Unisol Brasil é protagonista. Ter esta visão estratégica de uma entidade de representação como a Unisol é uma grande contribuição para todo o movimento da Economia Solidária. Fortalecer a estratégia das cadeias solidárias deve ser uma das prioridades da Unisol e neste olhar temos a ‘habitação’ que se junta com todo o processo da construção civil,  inclusive com os materiais utilizados. Temos a alimentação,  com a agricultura familiar, a apicultura com as frutas e o mel que buscam o fortalecimento da agroecologia e da alimentação saudável. Ao mesmo tempo, a perspectiva do artesanato que se entrelaça com os vários setores, como as fibras. A reciclagem, que a exemplo da cadeia solidária binacional do pet, faz o encontro dos catadores com a confecção, têxtil, artesanato, metalurgia e o calçado.
4. A MULHER E O JOVEM – Refletir e tomar decisões sobre este tema é um desafio pois o atual modelo de desenvolvimento é estruturado na  exploração do trabalho, nos valores capitalistas, pela apropriação  privada de recursos naturais, pela concentração de riquezas e da terra e pela mercantilização da vida. Isto produz discriminação e desigualdades estruturais nas relações sociais entre homens e mulheres e, sobretudo, para as populações negras, indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais,  sendo as mulheres e os jovens, oriundos desses grupos, as maiores vítimas.
A mulher na economia solidária tem tido papel muito importante e também hoje toma a frente em vários dos empreendimentos. As mulheres são a grande maioria na participação da Economia Solidária. E os empreendimentos que tem à sua frente mulheres também tem resultados bastante significativos pois estas juntam a questão mais técnica e econômica, com o cuidado especial com a pessoa. Ou seja, estas tem mais facilidade de considerar aspectos como o meio ambiente, o local e o envolvimento de toda a família do associado. Por outro lado, a Unisol tem o desafio de avançar para até o próximo Congresso construir a paridade em todas as instâncias, com a presença de 50% mulheres.
Mais dois temas terão um foque importante que são as ‘empresas recuperadas por cooperativas’, que vivem um momento difícil com a conjuntura econômica atual e as ‘compras públicas da agricultura familiar’ que enfrenta grandes desafios na organização desse modelo de trabalho, entre eles o dos EESs estarem aptos juridicamente para atender este mercado importante.
Este período específico por o qual passam os vários setores econômicos e sobretudo a organização dos trabalhadores (as) da Economia Solidária terá um marco importante neste Congresso que traçará os próximos rumos da Unisol Brasil, elegendo a nova direção, esta, à frente da entidade nos próximos três anos. Vida longa para a Unisol Brasil!
Nelsa Ines Fabian Nespolo
Diretora Presidente da Justa Trama e da Univens – Filiadas à Unisol RSBRASIL
 
 

 
 
 

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